segunda-feira, 12 de abril de 2010

Trabalhadores de São Bernardo terão vale-cultura a partir do segundo semestre

Cultura
Publicação:12/4/2010
Ana Carolina Martins
da redação

Por meio de parceria entre a Prefeitura de São Bernardo do Campo e o Ministério da Cultura, funcionários de grandes empresas de São Bernardo do Campo que ganham até cinco salários mínimos terão mais um benefício incorporado à sua renda, o vale-cultura. Por meio do projeto do Ministério da Cultura, previsto para ser aprovado pelo Congresso Nacional em maio, os trabalhadores receberão um cartão magnético com um valor de até R$ 50, que poderá ser usado para pagamento de ingressos de cinema, teatro, compra de livros, entre outros. O programa, que deve entrar em vigor a partir do segundo semestre deste ano, tem como objetivo democratizar o acesso à cultura.

A implantação do vale-cultura no município foi anunciada nesta sexta-feira (9/4) no gabinete do prefeito pelo secretário-executivo do Ministério da Cultura, Alfredo Manevy. Durante a reunião, que também contou com a presença do secretário de Cultura de São Bernardo, foi avaliado o andamento de diversos projetos na cidade, como a modernização das bibliotecas, pontos de cultura e o complexo Vera Cruz.

O vale-cultura irá beneficiar os trabalhadores de grandes empresas de São Bernardo, como indústrias automobilísticas, autopeças, químicas, entre outras. A intenção da Administração é realizar um seminário entre associações, empresários e profissionais para informar sobre o funcionamento do projeto. De acordo com Manevy, o Ministério já tem campanha e regulamento preparados para iniciar a implantação do programa imediatamente após a aprovação do projeto de lei.

Como benefício, o empresário que aderir a campanha terá um incentivo fiscal de 1% no imposto de renda. O secretário de Cultura afirma que o vale-cultura é um dos projetos mais transformadores em termos de inclusão e acessibilidade. "Essa parceria com o Ministério da Cultura está contemplada justamente na missão do governo que é a inclusão e democratização do acesso em diferentes linguagens", disse.

Para o secretário-executivo, a iniciativa incluirá a cultura na vida do trabalhador, que na maior parte das vezes não pode pagar o preço do ingresso do cinema no shopping center e os altos preços do mercado de livros, além de combater a pirataria. "O projeto movimentará R$ 9 bilhões na economia como um todo. Vai ser preciso que o mercado reaja", explica Manevy.

Projetos – A Secretaria de Cultura de São Bernardo, em parceria com o Ministério da Cultura, pretende que o município seja a primeira grande cidade a ter acesso livre à internet. Há ainda a meta de criar uma escola de audiovisual para formar novos profissionais no projeto do complexo Vera Cruz. As iniciativas devem ser implantadas ainda no segundo semestre deste ano.

Com a cultura digital, o secretário de Cultura de São Bernardo afirma que a intenção é transformar as lan houses em centro culturais. "Com a população tendo o acesso livre à internet banda larga, esses espaços perdem sentido", disse.

Já a instalação de uma escola de audiovisual para a criação de conteúdo para cinema e diversas mídias tem como expectativa formar mil alunos por ano até 2012. "O mercado de audiovisual gira em torno de US$ 12,5 bilhões ao ano, e a gente participa muito pouco da produção televisiva e cinematográfica. Então vamos oferecer os conceitos e preparar profissionais para isso", esclarece. Além disso, o complexo Vera Cruz terá uma incubadora de empresas para desenvolver novos modelos de negócio nessa área.

A Secretaria de Cultura também irá implantar o Museu do Trabalhador, Escola de Circo e uma bienal paralela à de São Paulo.

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