sexta-feira, 2 de abril de 2010

São Paulo cai 4 posições em ranking salarial de docentes

A rede estadual paulista de ensino caiu quatro posições desde 2007 no ranking nacional de salários iniciais para professores da educação básica. Ocupa hoje a 14ª colocação entre os 27 Estados. Já dentre os cinco com o maior número de alunos, está em segundo lugar.

O levantamento, feito pela reportagem da Folha - do Serra-, mostra que a hora-aula de São Paulo equivale à metade da de Roraima, que tem a melhor remuneração. No sistema paulista, o salário é de R$ 1.834 para 40 horas semanais. Foi considerada a remuneração inicial dos docentes com formação superior. Entre os cinco maiores sistemas de ensino, só o Paraná paga mais que São Paulo. Atrás vêm Rio, Bahia e Minas Gerais.

Parte dos docentes paulistas está em greve há quase um mês. Eles querem reajuste de 34,3%. Desde 2008 não há aumento, e desde 2005 os reajustes estão abaixo da inflação.

A política implementada pelo governo Serra foi dar dinheiro extra aos docentes mais bem avaliados. A pasta diz entender "que valorizar o professor é o caminho adequado para melhorar a educação". O governo não comentou o ranking. Sobre o reajuste pedido pelos grevistas, disse que desorganizaria as finanças do Estado.

"São Paulo está evidentemente com um salário baixo. Se considerar o custo de vida no Estado, a situação é ainda pior. É difícil atrair e reter bons profissionais", diz o coordenador da pós-graduação em educação da USP, Romualdo Portela.

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), São Paulo tem a segunda cesta básica mais cara dos país, só abaixo da de Porto Alegre.

"O salário inicial é importante. Mas o jovem também olha as possibilidades de ascensão na carreira", afirma o pesquisador Eduardo Andrade, do Insper (antigo Ibmec-SP).
Da Folha, para análise dos professores..

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