16 de abril de 2010
Pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra trouxe o ex-prefeito Celso Pitta, morto em 2009, para o centro dos debates ao fazer provocação indireta à pré-candidatura de Dilma Rousseff (PT) à sucessão do presidente Lula. Sem citar nomes, o tucano defendeu que nem sempre o candidato de governante bem avaliado consegue repetir o feito do antecessor. “Você lembra o que aconteceu em São Paulo com Maluf e Pitta? Maluf estava bem avaliado e bancou o Pitta. Pitta foi diferente do Maluf ou não foi? Quer dizer, não necessariamente o sucessor replica o antecessor mesmo que tivesse sido apoiado por ele. Pode acontecer e não acontecer”, disse Serra à Rádio Bandeirantes.
No Rio Grande do Sul, a petista disse que a declaração do adversário “não é crítica, mas desejo de que a população pense assim”, citando os programas Luz Para Todos, PAC, Minha Casa, Minha Vida e o Pré-sal, coordenados por ela no governo. “Eu tenho credenciais para dizer: eu fiz. A troco de quê alguém faz melhor do que eu se não fez?”
PT cita Kassab
Para João Antonio, líder do PT na Câmara Municipal, ao citar Pitta, Serra “se esquece de pequeno detalhe”. “O sucessor dele na Prefeitura, (Gilberto) Kassab (DEM) foi secretário do Planejamento de Pitta, função estratégica na gestão de um governo que não deu certo”, afirmou. Para o presidente estadual do PT, Edinho Silva, Serra está tentando “rebaixar o debate político”. “A provocação, que foge da discussão entre projetos políticos diferentes, interessa à oposição. Não devemos entrar nessa”.
Na entrevista, o tucano usou o mesmo discurso dos petistas e disse que não vai entrar em “bate-boca”. “Acho que tem que ter maturidade para discutir problemas, fazer críticas quando for o caso, receber críticas como algo positivo, que permita avançar”, afirmou. “Um debate de bom nível ajuda muito mais do que bate-boca, que só atrapalha”.
Citado por Serra, Maluf disse ter considerado a declaração um elogio. "Fico satisfeito com o reconhecimento de José Serra pela avaliação da minha atuação à frente da Prefeitura.”
O presidenciável do PSDB ainda minimizou o poder de transferência de voto de Lula para a ex-ministra. “Acho que as pessoas decidem com relação ao futuro. O Lula não é candidato”.
Serra voltou a frisar que nem Lula nem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) irão disputar as eleições e que, portanto, vai discutir somente o que diz respeito a ele e adversários. E voltou a dizer que, se eleito, não irá acabar com o Bolsa-Família, bandeira da gestão petista.
do amigos da Dilma
sexta-feira, 16 de abril de 2010
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