segunda-feira, 3 de outubro de 2011

03/10/2011 - INTERNACIONAL
Protestos se espalham pelos EUA
Por: Redação - http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=34557

Movimento Ocupa Wall Street denuncia a crise e critica avareza empresarial

Os protestos do movimento Ocupa Wall Street, que se espaçlhou pelas p0rincipais cidades dos Estados Unidos, organiza uma nova manifestação para quarta-feira (04/10), agora com o apoio de importantes sindicatos e centrais de trabalhadores americanos. No sábado, um protesto de 1,5 mil pessoas realizado na ponte do Brooklyn, em Nova York, terminou com a prisão de mais de 700 manifestantes (para ver imagens da manifestação, clique aqui).

Os manifestantes chegaram ao centro da cidade com faixas e cartazes denunciando a corrupção do sistema político e a avareza empresarial. No mesmo final de semana, ocorreram protestos em cidades como Washington, São Francisco, Austin e Chicago. O movimento Ocupa Wall Street já realizou 15 jornadas de luta e organizou um acampamento no centro de Nova Iorque. Já há um novo acampamento, desta vez em Boston, no Parque Dewey.

Mas o movimento se espalhou com manifestações de diferentes tamanhos em inúmeras cidades do país, até mesmo no estado do Havaí. Já há mais de 100 cidades na lista do Ocupa que estão desenvolvendo algum tipo de ação (verwww.occupytogether.org/).

Personalidades nacionalmente reconhecidas como Michael Moore, Noam Chomsky, a atriz Susan Sarandon, o humorista Stephen Colbert e o filósofo Cornel West, elevaram o perfil do protesto com suas visitas e/ou expressões de apoio nos últimos dias.

Trabalhadores – Até agora, a maior parte dos manifestantes era de jovens, vítimas das altas taxas de desemprego nos Estados Unidos. Mas desde sábado, sindicatos do setor siderúrgico, de professores, de transportes e serviços manifestam apoio ao movimento. O sindicato nacional dos trabalhadores do setor siderúrgico (USW), com 1,2 milhões de filiados, anunciou sábado (1°) sua solidariedade ao movimento.

Richard Trumka, presidente da central operária nacional AFL-CIO, pela primeira vez também expressou sua simpatia pelos jovens do Ocupa Wall Street, ainda que não possa, por si mesmo, manifestar apoio público sem prévio acordo com os filiados nacionais da central. Trumka disse a John Nichols, do The Nation, que “Wall Street está fora de controle” e que “chamar a atenção para isso e protestar pacificamente é uma forma muito legítima de ação”. E acrescentou: “creio que estar nas ruas e chamar a atenção sobre esses assuntos é, às vezes, o único recurso que se tem. Deus sabe, alguém pode ir ao Congresso e falar com muita gente, sem que nada jamais ocorra”.

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