adiou retorno
Lula adiou o retorno ao trabalho após sentir um dos efeitos colaterais do tratamento: a fadiga
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceu nesta quarta-feira (9) na janela de seu apartamento em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, com o que aparenta ser uma máscara cirúrgica. No último sábado, ele concluiu a primeira quimioterapia a que foi submetido para combater o câncer na laringe, diagnosticado no dia 29 de outubro.
O ex-presidente disse a amigos que pretendia retornar ainda nesta semana a despachar de seu escritório no Instituto Lula, em São Paulo, mas adiou o retorno para se recuperar da primeira fase do tratamento. Embora não tenha sofrido náuseas e enjoos, Lula já sentiu o primeiro efeito colateral da quimioterapia: a fadiga – o que ajudou na decisão de não voltar ao trabalho, por enquanto.
De acordo com o cirurgião oncológico Luiz Paulo Kowalski, da equipe que acompanha o ex-presidente, o tratamento deixa o paciente cansado.
- Ele teve efeitos mínimos. Só o cansaço, o que é normal. Ele não teve náuseas ou qualquer outro impedimento grave.
Na avaliação dos médicos de Lula, a reação ao tratamento está dentro das expectativas, avaliou o oncologista Paulo Hoff.
- A primeira semana após a quimioterapia tem seus efeitos colaterais. Isso é esperado.
A doença foi descoberta no último dia 29, após o ex-presidente se submeter a uma bateria de exames. Lula vinha reclamando de rouquidão e dor na garganta nas últimas semanas.
O ex-presidente ainda terá de passar por mais dois ciclos de quimioterapia – com um intervalo de 21 dias entre um e outro –, antes de iniciar a radioterapia, prevista para janeiro.
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