quinta-feira, 29 de setembro de 2011

(28/09), Lula recebeu o seu 16º título de Doutor Honoris Causa do prestigiado Instituto de Estudos Políticos de Paris, conhecido como Sciences-po. Não é toda hora que se dá ali um título destes, tanto que a instituição, fundada em 1872, leva quase dez anos, em média, para conceder um deles.

deu no O Globo: http://moglobo.globo.com/integra.asp?txtUrl=/pais/mat/2011/09/22/instituto-de-estudos-politicos-de-paris-diz-seu-diretor-quer-investir-em-emergentes-925424265.asp

Deborah Berlinck: Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição?

DESCOINGS: O antigo presidente merecia e, como universitário, era considerado um grande acadêmico. Sciences-po é uma universidade de elite, porque nós formamos uma parte da classe politica e das grandes empresas francesas. O presidente Lula fez uma carreira política de alto nível, que mudou muito o país e, radicalmente, mudou a imagem do Brasil no mundo. O Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula, e ele não tem estudo superior. Isso nos pareceu totalmente em linha com a nossa política atual no Sciences-po, a de que o mérito pessoal não deve vir somente de um diploma universitário. Na França, temos uma sociedade de castas. E o que distingue a casta é o diploma. O presidente Lula demonstrou que é possível ser um bom presidente, sem passar pela universidade. Ele foi eleito por unanimidade pelo nosso conselho de administração. A França, como toda a Europa, passa por um momento difícil.

Na Sciences-po, há 30 anos, o Brasil era visto como um país grande em superfície. Mas não era considerado uma potência mundial. Hoje, quando os países do Brics se propõem a ajudar a Europa a sair da crise financeira e da dívida, é uma mudança formidável na História da Humanidade.

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