|
“Porque essa coisa é o seguinte: eles vêm para cima. Se você se acovarda, eles ganharam.” (Lula)
|
iG São Paulo | 27/09/2011 12:23h
Ativistas da Arábia Saudita disseram que uma corte sentenciou uma mulher a dez chibatadas por desafiar a proibição do reino contra a direção feminina. De acordo com a ativista Samar Badawi, Shaima Ghassaniya foi declarada culpada nesta terça-feira por dirigir sem permissão do governo em Jeddah em julho.
A organização Women2drive, que defende o direito de as mulheres dirigirem na Arábia Saudita, disse que entraram com uma apelação.
A decisão judicial é tomada dois dias depois de o rei saudita, Abdullah, ter anunciado que as mulheres terão o direito de votar e concorrer nas eleições locais do país pela primeira vez a partir de 2015.
A Arábia Saudita, onde as mulheres não podem trabalhar sem a autorização de seus maridos ou pais, é o único país do mundo onde elas são proibidas de dirigir. Nenhuma lei proíbe oficialmente a prática, mas decretos religiosos conservadores a baniram.
Em meses recentes, várias mulheres dirigiram veículos em cidades sauditas em uma tentativa de pressionar a monarquia a mudar a lei. Para se deslocar, as sauditas precisam contratar um motorista e, se não tiverem recursos, dependem da boa vontade dos homens da família.
O ícone da campanha foi Manal al-Sharif, uma jovem especialista em informática, libertada em 30 de maio após ter permanecido detida por duas semanas por ter desafiado a proibição de dirigir e publicar no YouTube um vídeo no qual aparecia ao volante.
Najalaa Harriri, que é uma das outras duas mulheres que também enfrentam uma ação judicial por dirigir, disse à Associated Press que precisava usar um carro para cuidar melhor de seus filhos. O veredicto desta terça-feira é o primeiro desse tipo na Arábia Saudita. Outras mulheres ficaram detidas durante dias, mas não foram sentenciadas pela Justiça.
Deborah Berlinck: Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição?
DESCOINGS: O antigo presidente merecia e, como universitário, era considerado um grande acadêmico. Sciences-po é uma universidade de elite, porque nós formamos uma parte da classe politica e das grandes empresas francesas. O presidente Lula fez uma carreira política de alto nível, que mudou muito o país e, radicalmente, mudou a imagem do Brasil no mundo. O Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula, e ele não tem estudo superior. Isso nos pareceu totalmente em linha com a nossa política atual no Sciences-po, a de que o mérito pessoal não deve vir somente de um diploma universitário. Na França, temos uma sociedade de castas. E o que distingue a casta é o diploma. O presidente Lula demonstrou que é possível ser um bom presidente, sem passar pela universidade. Ele foi eleito por unanimidade pelo nosso conselho de administração. A França, como toda a Europa, passa por um momento difícil.