domingo, 21 de março de 2010

Tamanduateí deve se livrar do esgoto em 2018

Por: Renan Fonseca (renan@abcdmaior.com.br)

Sto.André e Mauá não concluíram obras para levar os resíduos até a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) do ABC

O Tamanduateí deve parar de receber esgoto não tratado apenas em 2018, quando a Sabesp deve concluir o projeto de expansão da captação de resíduos para tratamento na ETE-ABC (Estação de Tratamento de Esgoto do ABC). Atualmente, somente São Caetano coleta e trata 100% dos resíduos. Santo André deve concluir o processo em 2012 e Mauá, em 2017.

Serão investidos R$ 136 milhões na construção de coletores-tronco, redes coletoras e ligações para transportar o esgoto desses municípios e evitar que o esgoto chegue ao Tamanduateí. “Vamos também ampliar a capacidade de coleta da ETE-ABC, de 3 mil l/s para 4,5 mil l/s”, afirmou o superintendente da Unidade de Tratamento de Esgoto da Sabesp, Paulo Nobre.

Até o momento, Santo André concluiu 40% da malha coletora de esgoto. O número em Mauá é bem mais desanimador: 10%. O maior volume de detritos despejados no leito do rio vem dessas cidades. “Mas os córregos que deságuam no rio também devem ser considerados. A universalização do tratamento de esgoto vai barganhar todos os efluentes”, explicou.

De acordo com informações do Semasa (Saneamento Ambiental de Santo André), a meta é enviar para tratamento 100% dos esgotos para a estação em 2012, investindo R$ 17,9 milhões em ligações e construção de coletores. A Foz do Brasil, responsável pela instalação da rede de esgoto em Mauá, informou que os investimentos previstos para os próximos três anos são de R$ 120 milhões e contemplam “a construção de uma estação para tratar quase a totalidade dos esgotos coletados até 2013”. A totalidade da coleta e tratamento deve ser atingida em 2017.

Lixo e mau cheiro
- A maior quantidade de residências construídas irregularmente nas proximidades das margens do Tamanduateí está em Mauá. Quem vive nessas regiões reclama da falta de limpeza pública, que permite a criação de pontos de desova de entulho. A sujeira muitas vezes se acumula no leito do rio ou ajuda no assoreamento das margens. Além disso, pragas urbanas, como ratazanas e insetos, infestam as áreas vizinhas aos entulhos. “É comum a gente ver ratos enormes passando perto das casas. Por causa da sujeira, muitas pessoas pensam que é permitido jogar lixo dentro do rio, que vive com mau cheiro”, contou a dona de casa Evogia Ferreira Lima, que construiu a residência rente ao rio no Jardim Itapeva.

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