quinta-feira, 14 de abril de 2011

Habitação
Publicação:14/04/2011
Prefeitura apresenta Programa de Regularização Fundiária aos moradores do Pq. Hawaí

Ana Carolina Martins
da redação

Técnicos da Secretaria de Habitação de São Bernardo do Campo apresentaram na noite desta quarta-feira (13/4), na Escola de Educação Básica (EMEB) Maria Rosa Barbosa, a situação atual e as próximas etapas do Programa de Regularização Fundiária para aproximadamente 200 moradores do Parque Hawaí. Irregular há aproximadamente 26 anos, o bairro é uma área pública com cerca de 64,4 mil m² e 481 lotes de uso predominantemente residenciais.

Em todo o município, a Administração realiza ação direta de regularização fundiária em 11 áreas e, em parceria com o Cidade Legal, programa do Governo do Estado, em mais 25. O objetivo é promover segurança jurídica aos moradores da posse e propriedade dos assentamentos irregulares, localizados em áreas públicas ou particulares, oferecendo habitações dignas à população de baixa renda.

O Parque Hawaí é uma das áreas prioritárias do Programa de Regularização Fundiária. Existe uma lei municipal de 1988 que concede o uso coletivo da área para a Associação de Moradores do Parque Hawaí, mas nunca foi registrada. A Prefeitura irá disponibilizar o título individual para cada uma das famílias habilitadas ao longo da ação.

Atualmente, o núcleo está na segunda de dez etapas de sua regularização, que corresponde ao diagnóstico e estratégia. O programa Cidade Legal iniciou o processo em 2009 e a empresa contratada pela Prefeitura irá completar as etapas restantes em 12 meses, duas das quais dependem de aprovação do Governo do Estado e cartorial.

Na sequência, terá início a etapa de caracterização socioeconômica, cadastramento das famílias, recolhimento de documentos e constituição da Comul - comissão formada por poder público e sociedade civil para acompanhamento de todo o processo -; levantamento das diretrizes e elaboração do Programa de Recuperação de Interesse Social (PRIS), instrumento estabelecido pela Lei da Billings que viabiliza a regularização fundiária nas áreas de mananciais; entre outras ações.

De acordo com a secretária de Habitação, o Parque Hawaí está com nível satisfatório de infraestrutura, lotes divididos e vias já existentes. "É um núcleo que é possível regularizar sem executar nenhuma obra. No entanto, por estar em uma área de manancial, a Lei da Billings determina gerar o título individual da propriedade após dois anos, quando é verificado se tudo foi cumprido conforme o projeto aprovado", disse. Ela ainda pontuou a necessidade da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) realizar um tratamento de esgoto na região, a fim de melhorar as condições ambientais da represa.

A Secretaria de Habitação, juntamente com a empresa contratada, promoverá reuniões a cada etapa da regularização fundiária a fim de que todos moradores possam acompanhar e participar da evolução do processo. O próximo encontro, que será preparatório para a eleição da Comul, acontecerá dia 31 de maio.

A dona de casa Maria de Fátima de Souza, moradora do Parque Hawaí há 20 anos, elogiou a iniciativa da Administração Municipal. "Agora, poderei ter a escritura da minha casa e pagar os impostos como todo mundo. O prefeito Luiz Marinho está de parabéns, pois a regularização mostra sua preocupação com a população", comentou.


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