sábado, 23 de julho de 2011


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| 13:40
14/07/2011

Mercadante: Jornais ampliam factóides e omitem desmentido

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É de se estranhar o comportamento de importantes jornais brasileiros diante do desmentido a um factoide. O chamado “caso dos aloprados” mobilizou o Senado e a bancada do PT e de Apoio ao Governo, no mês passado, por conta de uma gravação reproduzida com alarde pela revista Veja. Os grandes jornais viram na gravação - sem data, nem local em que foi efetuada - uma oportunidade de ressuscitar o caso com uma nova variante: a de incriminar diretamente o ex-senador e atual ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Na nova versão não pôde ser desmentida, pois tinha como única testemunha uma pessoa morta: o ex-governador e ex-senador Orestes Quércia. Além disso, procurou-se enredar a ex-senadora Ideli Salvatti, então recém-empossada como titular da Secretaria de Relações Institucionais do governo Dilma Rousseff.

A reportagem da revista, hoje claramente configurada como novo factóide destinado a tensionar o governo, ganhou ampla repercussão nos jornais, que mantiveram o assunto em pauta até a data em que o ministro compareceu no Senado, por livre e espontânea vontade, para novamente dirimir quaisquer dúvidas. Mais uma vez, foi enfatizado que a Polícia Federal, após dezenas de quebras de sigilo telefônico e diligências, nada encontrou que incriminasse o ministro Mercadante. Foi também repetido que o ex-procurador Antônio Fernando de Souza, um dos mais rigorosos da história do Ministério Público, determinou o arquivamento da denúncia contra o ministro e que o Supremo Tribunal Federal (STF), a principal instância do Poder Judiciário, absolveu Mercadante, por unanimidade.

Além de investir no testemunho de uma pessoa falecida, também se tentou dar veracidade à nova versão por meio de Expedito Veloso, o personagem central da gravação clandestina. Após negar qualquer participação do ministro Aloizio Mercadante em sua página pessoal na internet, Expedito Veloso enviou carta, dia 11 de julho passado, para a Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, colocando-se à disposição para dirimir qualquer dúvida ainda existente. Na mesma carta, cuja íntegra pode ser lida por meio do link abaixo, ele deixa claro, que “as especulações publicadas pela Revista Veja não foram e não serão confirmadas por mim”. E acrescenta: “não acusei, não tenho informações e lamentam que tenham usado parte de uma conversa informal para prejudicar o ex-senador Aloizio Mercadante e a ministra Ideli Salvatti”.

Passados três dias da divulgação da carta, dois dos maiores jornais do País – Folha de S. Paulo, que não deu importância a este factoide, e O Estado de S. Paulo, que tratou com grande destaque – continuam omitindo de seus leitores a existência da carta. Ambos difundiram, ainda que de forma desigual, o factoide lançado pela revista Veja, mas silenciam quando vem a público o desmentido de um dos envolvidos na trama fantasiosa publicada pela revista.

(Fonte: Comunicação Social da Liderança do PT no Senado)

Clique aqui para ler o original da carta de Expedito Veloso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado

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