segunda-feira, 11 de julho de 2011

Após saída do PV, 'movimento' de Marina elege combate a Código Florestal como principal bandeira

Janaina Garcia
Do UOL Notícias
Em São Paulo
  • A ex-senadora Marina Silva entre os empresários Guilherme Leal e Ricardo Young

    A ex-senadora Marina Silva entre os empresários Guilherme Leal e Ricardo Young

O movimento lançado nesta quinta-feira (7) por Marina Silva e dissidentes do PV ainda não tem nome nem estrutura definidos, mas já elegeu sua primeira bandeira de luta: a exigência de que a presidente Dilma Rousseff vete as mudanças no Código Florestal aprovadas na Câmara dos Deputados. Hoje, Marina, Alfredo Sirkis, João Paulo Capobianco, entre outros quadros, anunciaram o desligamento do PV.

Veja trechos da despedida de Marina do PV

Segundo os dissidentes, o novo movimento terá como objetivo pensar um novo modelo de atuação política, que poderá resultar em um novo partido e em futuras candidaturas. Para uma plateia de cerca de 400 militantes --boa parte ambientalistas de vários Estados--, Marina afirmou que o movimento é composto por um grupo de entidades da sociedade civil.

“Cada [entidade] pode ajudar com propostas para evitar o retrocesso que foi aprovado na Câmara”, disse a ex-senadora. Marina também citou uma equipe de dez ex-ministros que se mobilizam para barrar as mudanças no código. A proposta ainda terá de ser aprovada no Senado, antes de chegar ao gabinete da presidente.

“Esperamos que a presidente Dilma não tenha que vetar. Se vetasse, ficaria contra o Congresso, onde a maioria é a favor de algo que anistia desmatadores e também contra a população, cuja maioria, sabemos, é contra o código votado. Queremos dar respaldo para a presidente”, disse.

A ex-senadora citou o colega de Estado Tião Viana (PT-AC) como um nos nomes que deverão apoiar os ambientalistas no debate no Senado. "Quando me perguntam se estou otimista ou pessimista [sobre o tema]? Nem uma coisa nem outra: digo que estou persistente. E é essa persistência que vai ajudar os senhores senadores a não permitir o equívoco que foi cometido na Câmara dos Deputados".


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