quinta-feira, 24 de junho de 2010

Mulheres Metalúrgicas escrevem carta para Dilma

Por: Cinthia Isabel (cinthia@abcdmaior.com.br)

Documento apresenta os temas que foram debatidos nos três dias de Conferência, encerrada nesta quarta

Durante o terceiro e último dia da 2ª Conferência das Trabalhadoras Metalúrgicas da CUT (Central Única dos Trabalhadores), nesta quarta-feira (23/06), foi divulgada carta de reivindicações e apoio à candidata Dilma Rousseff, que disputa a Presidência da República. O documento apresenta os temas que foram debatidos nos três dias de encontro, como saúde, violência contra a mulher, creche – um direito da criança e da mulher -- e política. O evento foi promovido na CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos), em São Bernardo.

O conteúdo da carta, que ainda não tem data para ser entregue à candidada do PT, apresenta as conquistas alcançadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como as medidas elaboradas para criação da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.

Além do reconhecimento, foi reivindicada a erradicação da violência contra a mulher, a efetivação de política de saúde pública e universal, a fiscalização dos repasses para o programa Bolsa Família e a criação de programa do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para o financiamento da economia solidária.

Após a leitura da carta pela diretora do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da CNM/CUT, Ana Nice Martins de Carvalho, cada integrante de uma oficina temática formulou e apresentou propostas, que serão apresentadas no Congresso da Confederação dos Trabalhadores da CUT, a ser realizado em junho de 2011. Ao final de cada apresentação, os participantes levantavam os crachás para dizer se estavam de acordo com o que foi estabelecido.

Na oficina que tratou sobre negociação coletiva, foi proposto pelo grupo manter as cláusulas do reembolso da creche; garantir recursos próprios para o desenvolvimento da política de gênero da CNM/CUT; que a Confederação garanta recursos para a creche integral dos filhos até seis anos de idade e período parcial até 12 anos; garantir a participação das mulheres nas mesas de negociação e reforçar a luta pelos 180 dias de licença maternidade, entre outros.

No Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, as participantes da oficina colocaram em pauta cobrar do poder público a execução da Lei Maria da Penha com a criação das Delegacias de Apoio à Mulher, funcionando 24h por dia, em todas as cidades do Brasil; fazer com que as mulheres reconheçam seus direitos para serem respeitadas em todos os âmbitos, por meio da difusão de informações e inclusive dentro dos sindicatos.

Já na oficina que tratou sobre a Saúde da Mulher Trabalhadora, as participantes pediram que a CNM/CUT e a Secretaria da Mulher possam elaborar um curso de formação específica para a saúde da mulher trabalhadora, bem como a criação de um coletivo nacional da CNM/CUT, que possam intervir em palestras sobre Previdência Social; que as mulheres da Confederação se insiram nos conselhos da Previdência Social e nos conselhos de suas cidades e lançar uma campanha nacional pelo direito à creche.

Ponto Central - Na abertura do último dia da 2ª Conferência Nacional das Trabalhadoras Metalúrgicas, o tema creche foi o ponto central das discussões entre os mais de 100 participantes.

Durante a exposição de Manoel Rodrigues Português, que é diretor de uma escola de educação infantil, em Guarulhos, foi ressaltada a diferença entre ser criança e ter infância. Ele lembrou que a creche tem um papel fundamental no desenvolvimento nos primeiros anos de vida.

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