Os 1.200 estudantes da Escola Técnica de Saúde Pública Professor Makiguti, da prefeitura, começaram o ano letivo há quase um mês, mas estão sem boa parte das suas aulas. Dos 32 professores da escola, 13 foram dispensados no final do ano passado. As vagas ainda não foram repostas
A escola, que fica em Cidade Tiradentes (zona leste de SP), é a única escola técnica pública com especialização em áreas da saúde. Oferece cursos de técnico em farmácia, análises clínicas, higiene dental e gestão em serviços de saúde.
Os estudantes temem que esteja em curso uma operação-desmonte da escola, já que, além da dispensa dos professores, a prefeitura também não providenciou a realização do vestibulinho para ingresso de novos alunos, que deveria ter acontecido entre novembro e dezembro últimos, e que levaria à admissão de 480 calouros. Até ontem, não havia ainda previsão de quando seria feito o concurso.
"Essa escola é a esperança de profissionalização em uma região que, em geral, é muito pobre em oportunidades", diz Carlos Roberto dos Santos, estudante de gestão em saúde. No último concurso de ingresso, 2.200 candidatos disputaram as vagas existentes.
Com a falta de professores, alunos que às vezes enfrentam duas a três horas de ônibus para chegar à escola acabam ficando nas salas de aula sem nada para fazer. Na semana passada, os estudantes do noturno assistiram a apenas quatro das 20 aulas previstas. "Eu tinha programado tudo para minha formatura, no meio do ano. E agora?", pergunta a aluna Bruna Carolina da Silva, 19.
Segundo os alunos, ninguém informa como será feita a reposição de aulas nem se a escola será fechada. O candidato a prefeito Gilberto Kassab (DEM) afirmou durante a campanha de 2008 que investiria pesado na construção de escolas técnicas.
do: Agora
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
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