WALTER FÉLIX - Hora do Povo
Geraldo Alckmin voltou a falar de educação na quarta-feira. Desta vez foi em visita a Campinas, onde ele fingiu desconhecer a crise no setor e disse que sua prioridade para o ensino médio do estado “é ensinar inglês”. Na semana passada ele já tinha defendido o sistema de aprovação automática dos alunos, método usado pelos tucanos para esconder o caos no ensino de São Paulo e o descaso com os professores da rede pública estadual.
“Vamos priorizar no Ensino Médio o ensino da segunda língua, preferencialmente o inglês”, afirmou Alckmin, sem falar nada sobre a baixíssima qualidade da primeira língua ensinada atualmente: o português. E o pior é que ele deixou claro que não está nem aí para a situação crítica pela qual passa ensino público paulista. Ao mesmo tempo que seu partido arrocha os salários dos professores estaduais, ele comemora o despejo de milhões de reais das verbas públicas para engordar grupos privados de educação. O estado, segundo Alckmin, paga cursos privados de inglês para 80 mil alunos.
E ele diz que quer aumentar esse número. Ou seja, esvazia a escola pública enquanto enche as burras dos Yazigis, Fisks, Culturas Inglesas, etc. “Hoje são 593 escolas de inglês, das mais conceituadas do Brasil que o governo faz o convênio, ele paga e o aluno estuda de graça”, confessou o candidato, citando o exemplo da escola que tinha acabado de visitar (Cultura Inglesa). Falando como se o dinheiro público fosse propriedade sua, Geraldo Alckmin anunciou que se eleito vai aumentar o número de alunos da rede pública aprendendo inglês em escolas particulares.
sábado, 7 de agosto de 2010
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