Polícia vive um estado de guerra para manter a desigualdade social
A polícia de São Paulo praticamente não serve para nada. É essa a constatação que se tem da reportagem do jornal Estadão. Segundo a matéria, se o criminoso não for pego em flagrante, a polícia só consegue denunciar o autor do delito em 2,5% dos casos.
Em 97,5% dos casos, a polícia é incompetente para descobrir o criminoso. Isso mesmo, a polícia de São Paulo consegue fazer um serviço bom em 1 em cada 40 crimes cometidos. Se os criminosos forem pegos em flagrante, a eficiência da polícia paulista sobe para 5,2%.
O grande responsável por essa situação é o PSDB, que há 16 anos comanda essa polícia e paga os piores salários do Brasil. Mas não é só isso. O principal problema é a concepção de políticos e da sociedade em geral de acreditar que o problema da polícia está isolado da sociedade, isto é, acreditar em discurso que diz que “é preciso equipar e aparelhar a polícia” ou ‘que lugar de bandido é na cadeia”. Isso é só falácia, é o óbvio. Isso não resolve esse estado de calamidade pública da polícia de São Paulo. Crime se combate principalmente com distribuição de renda.
O problema está em repensar a própria concepção de criminalidade. Será que vale a pena gastar dinheiro do estado para combater um adolescente que baixa música na internet e deixar que um assassinato fique impune por falta de policiais e equipamentos? Será que não é hora de melhorar a cobrança de imposto (de grandes fortunas, por exemplo) para combater a desigualdade social, melhor distribuição de renda? Será que não é hora de investir pesado para melhorar as condições de vida em favelas, com escolas, postos de saúde, áreas de lazer, atividades culturais e outros? Até quando a sociedade vai dar crédito para o discurso político e da mídia de que crime se combate apenas com a polícia?
http://glaucocortez.com
sábado, 17 de julho de 2010
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